Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Ascaridida
Família: Ascarididae
Espécie: Ascaris lumbricoides
O ascaris lumbricoides é o parasita responsável por causar, nos seres humanos, uma infecção conhecida como ascaríase, ascaridíase, ascaridose ou ascaridiose.
Machos e fêmeas possuem diferenças em sua morfologia e em seu tamanho (figura1):
-Fêmeas: São maiores, mais grossas, possuem a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada e podem chegar a ter 30 ou 40 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Já quando o número de parasitas é grande (muitas dezenas ou centenas de vermes ocupando o mesmo hábitat), seu tamanho é reduzindo, chegando a ter entre 10 e 15 cm de comprimento. Grande parte da cavidade pseudocelômica é ocupada pelos órgãos genitais, que são duplos.
-Machos: sua extremidade caudal possui um enrolamento ventral e podem chegar a ter 15 a 30 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Possuem, como anexos de seus genitais, dois espículos grossos, curvos e iguais (figura 2).
Morfologia dos Vermes Adultos:
-Fêmeas: São maiores, mais grossas, possuem a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada e podem chegar a ter 30 ou 40 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Já quando o número de parasitas é grande (muitas dezenas ou centenas de vermes ocupando o mesmo hábitat), seu tamanho é reduzindo, chegando a ter entre 10 e 15 cm de comprimento. Grande parte da cavidade pseudocelômica é ocupada pelos órgãos genitais, que são duplos.
-Machos: sua extremidade caudal possui um enrolamento ventral e podem chegar a ter 15 a 30 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Possuem, como anexos de seus genitais, dois espículos grossos, curvos e iguais (figura 2).
Figura 1. A. Fêmea, com o extremo posterior retilíneo. B. Macho, com a cauda enrolada ventralmente. Rey, 2008 |
Figura 2, mostrando a boca trilabiada presente no parasita e as espículas presentes nos machos da espécie |
A boca desse parasita se encontra perfeitamente centrada na extremidade anterior e possui três lábios grandes: um dorsal e dois látero-ventrais.(figura 2 e 3)
Figura 3. Boca do ascaris (M) com seus três lábios. Rey, 2008 |
Morfologia dos Ovos:
1- A mais interna, muito delgada e impermeável à água;
2- A média é bastante espessa;
3- A mais externa que, diferente das demais, não é elaborada pelo próprio ovo, mas segregada pela parede uterina. Sendo em geral grossa, irregular e com superfície mamilonada. Algumas vezes a casca externa é muito delgada ou falta completamente.
Podem ser eliminados ovos férteis (aqueles que foram fecundados) e ovos inférteis (aqueles que não foram fecundados). Os ovos férteis são quase esféricos, medindo em média 60 × 45 μm. Os ovos inférteis são mais alongados que os ovos férteis, possuem casca mais delgada e medem em média 80 a 90 μm de comprimento. Além disso, possuem um citoplasma cheio de grânulos.
Figura 4. Ovo fértil de ascaris (lâmina do LMF). Praça e Morais 2016. |
Figura 5. Ovo infértil de ascaris (lâmina do LMF) Praça e Morais 2016 |
Figura 6. Ovo fértil. Atlas de parasitologia UFF |
Figura 7. Ovo Infértil. Atlas de Parasitologia UFF |
Ciclo Evolutivo:
O embrionamento ocorre no meio externo. Em temperaturas ótimas, que ocorre entre 20 e 30º C, o embrionamento pode fazer-se em duas semanas. A larva formada precisa de mais uma semana para sofrer a primeira muda dentro do ovo. Só depois disso adquire a capacidade de infectar um novo hospedeiro, quando o ovo for ingerido.
Após a ingestão, ocorre a eclosão que é desencadeada por estímulos fornecidos pelo hospedeiro, onde destaca-se a concentração de CO2.
A larva de segundo estágio que sai do ovo é aeróbia, portanto não consegue desenvolver-se na cavidade intestinal. Então, começará por invadir a mucosa intestinal e penetrar na circulação sanguínea ou linfática. As larvas chegam ao "coração direito" e são levadas ao pulmão.
No pulmão, as larvas de segundo estágio encontram meio favorável para continuar sua evolução.
Por volta do oitavo ou nono dia, sofrem a segunda muda e se transformam em larvas de terceiro estágio. Nos alvéolos pulmonares, sofrem a terceira muda e se transformam em larvas de quarto estágio.
As larvas de quarto estágio, chegando aos bronquíolos, passam a ser arrastados com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traqueia e laringe, para serem deglutidas e alcançarem o estômago e intestino. No intestino, ocorre a quarta e última muda, transformando-os em adultos jovens.
O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a pôr ovos.
Referências:
1. REY, Luïs. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
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