Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Strongylida
Família: Ancylostomatidae
Os ancilostomídeos são responsáveis por causar ancilostomíase.
São pequenos vermes redondos, brancos e com cerca de 1cm de comprimento.
Esses vermes apresentam duas estruturas bastante características: a cápsula bucal (presente nos machos e fêmeas) e a bolsa copuladora, presente apenas nos machos (imagem1).
A cápsula bucal possui estruturas cuticulares cortantes que ajudam a dilacerar a mucosa do hospedeiro.
Imagem 1. Ancylostoma caninum macho (lâmina do LMF) Praça e Morais, 2016. |
Morfologia:
1- Ancylostoma duodenale:
Possui dois pares de dentes na cápsula bucal.
É o parasito habitual do homem
Imagem 2. Ancylostoma duodenale |
2- Ancylostoma caninum:
Apresenta três pares de dentes.
Infesta cães e gatos, mas pode invadir o organismo humano causando dermatites (larva migrans).
Imagem 4. Ancylostoma caninum x10 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016. |
3- Ancylostoma braziliense
Possui apenas um par de dentes. Na base de cada dente, encontra-se um outro dente muito pequeno.
Imagem 4. Ancylostoma braziliense x40 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016 |
Imagem 5. Ancylostoma braziliense x10 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016. |
4-Necator americanus
No lugar dos dentes, ele possui lâminas cortantes.
Imagem 6. Necator americanus |
Ciclo Biológico:
Ovos:
A quantidade de ovos que uma fêmea põe depende da espécie.
Os ovos das várias espécies dão muito parecidos, ovóides, com casca fina e transparentes. Contudo, são diferentes no tamanho.
No momento que o ovo é posto, a célula-ovo é única, iniciando a segmentação nas fezes. Em condições favoráveis, a larva pode ser formada em 18 horas. Entre 23 e 33ºC, a eclosão dos ovos pode ocorrer em um ou dois dias.
Larvas rabditóides:
São as larvas que saem dos ovos, se alimentam ativamente do solo, chegando a ter 400 μm de comprimento quando sofrem a primeira muda, passando para larvas de segundo estádio.
Essas larvas rabditóides de segundo estágio crescem até alcançarem 500 a 700 μm quando começam a se modificar para se transformarem em larvas filarióides.
Larvas filarióides:
O crescimento acentuou-se e desde a segunda muda (quando a larva passa de rabditóide para filarióide) a larva passou a nutri-se de suas reservas.
Ao fim de mais ou menos uma semana, a larva alcança o estágio infectante, ficando aqui o desenvolvimento estagnado, esperando por condições adequadas do hospedeiro para que haja continuidade do seu crescimento.
Continuando o processo descrito acima, a infecção ocorre ativamente pela pele ou passivamente por via oral pelas larvas filarióides.
Quando a infecção é ativa, as larvas atingem os alvéolos, migram para os bronquíolos e brônquios, chegando a faringe e sendo deglutidos. Atingindo, em seguida, o intestino delgado.
Imagem 7. Ciclo de vida dos ancilostomídeos |
Referências:
REY, Luis. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008Links das imagens:
http://parasitandonaweb.xpg.uol.com.br/ancilostomideos.htmlhttp://www.ufrgs.br/parasito/Aulas%20Parasito/Medicina/helmipar08.pdf
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